Atendendo aos inúmeros pedidos de nossos pequenos fãs resolvemos assistir e comentar esta obra prima do cinema tailandês! Começamos com o árduo trabalho de classificar o gênero do “dito cujo”, mas para evitar a fadiga, aceitamos a classificação pré-estabelecida: Ação . Além do mais, esta obra poderia ser classificada como filme mudo (visto que passamos várias horas sem ouvir uma voz humana) e documentário (devido às cenas puras de animais e vida cultural de um país aleatório).
A falta de um roteiro (por pior que ele seja) dificulta nosso trabalho de sacaneadoras cinematográficas, mas para vocês não ficarem na mão, resolvemos plagiar o autor do filme e fazer um trabalho de “Ctrl+C Ctrl+V” que resultaria no "ajuntamento" dos melhores (ou piores) momentos. Momentos esses que consistiam em favorecer situações de lutas incrédulas, que deixariam gênios da física de cabelos em pé (talvez Einstein tenha assistido ao filme).
O nosso herói Kham (Khamarão é bom, mas ninguém come a cabeça), o "ator" Tony Jaa, na sua terra natal consegue operar uma peripécia impossível de se imaginar: Ele simplesmente perde seus dois elefantes, isso mesmo! ELEFANTES! Não falamos de gatos, nem de canários muito menos de pulgas e sim ELEFANTES!!!! Essa é a primeira presepada do filme, imagina o que estar por vir?!
A partir daí apenas nos coube analisar os estilos de lutas e os corpos sarados, pois somos peritas em artes marciais e apreciadoras de Bruce Lee e companhia. Foi ai que notamos um diferencial no lutador em questão: ele utilizava-se de partes bisonhas do corpo para se defender ou atacar ( ele é lutador de Muay Thai, entre outras coisas). Não pensem besteira (por enquanto...nós dissemos por enquanto...).
Em uma das lutas de Kham, ele chega voando (ou melhor, dá um rasante) pela porta (não sabemos de onde veio tal propulsão) e finaliza seus adversários com os joelhos (marca registrada). Depois disso temos o combate aquático onde ele lança uma lancha como se fosse uma lança e acerta um helicóptero (uou que mira! E que trava-língua!). Isso mesmo galera nada de usar armas normais o cara ataca os vilões com meios de transporte!
Depois desse feito ele vai para a Austrália (não sabemos com que dinheiro) procurar seus irmãos mamíferos. Ainda no aeroporto Kham encontra o maravilhoso e estupendo Jack Chan (isso mesmo pessoal, tio Jack!!) que só aparece pra dar um alô e uma elevada no nível do filme e some da mesma forma mágica que surgiu.
Já com os dois pezinhos em Sydney (e todo o resto), nosso herói crustáceo se vê vítima da violência urbana, quando é feito de refém por um taxista. Mas como o ser humano detém uma incrível capacidade de vencer as adversidades, ele capta rapidamente a mensagem e quebra o braço do taxista. Depois de já estar familiarizado com os costumes australianos, Kham aprimora seus novos conhecimentos com todos que encontra pelo caminho.
Com isso podemos classificar este filme como um genuíno manual de pancadaria. Destaque para as cenas:
1) Kham vs X-Games: ocorre num galpão abandonado (dã, que imaginação), onde praticantes de esportes radicais exercitam a arte de apanhar e tombar sem não antes fazer uma manobra radical (isso que é apanhar com estilo!)
2) Kham invade um restaurante imenso, cuja especialidade é fornecer ao cliente comidas para lá de exóticas, onde seus elefantinhos provavelmente virariam prato principal. Kham enlouquecido quebra todo o restaurante (que possuía vários andares) e conseqüentemente todos que não saem do seu caminho nos corredores e escadarias do recinto (o menino tem um fôlego e tanto, sobe escadas, mata todo mundo de porrada e nem perde a respiração. Isso que é saúde!).
3) Kham depois de encontrar o elefante baby, se refugia em um templo budista, mas seus inimigos o encontram e destroem o templo. É então que presenciamos uma das mais belas cenas do filme: O templo totalmente alagado e em chamas (tudo ao mesmo tempo!) serve de cenário para um combate estilo “Street Fighter” e “Mortal Kombat”, onde podemos nos deliciar com várias modalidades de luta, inclusive capoeira!!! (paranauêparanaá!!!)
A partir desses recortes os espectadores mais atentos podem perceber que o filme não possui roteiro, visando enfatizar uma única coisa: o ensino de inúmeras maneiras de quebrar os ossos de nossos “amiguinhos”. Esqueça esse lance de ensupapar seus oponentes com as mãos ou com os pés, isso é totalmente over!!! A novidade é meter os joelhos e os cotovelos nas fuças do inimigo, o que não é uma má idéia já que os ossos existentes nessas partes são bem rígidos e podem poupar os menos favorecidos muscularmente de possíveis fraturas (opa, falaram as especialistas em artes marciais agora!).
Todavia devemos ressaltar que Kham não possui apenas suas partes ossudas rígidas. Como essa coluna também é responsável pela educação de nossos leitores que na maioria estão em fase de preparação para o vestibular, vamos dar uma pequena aula de anatomia (o que não vai servir de nada , pois não cai anatomia no vestibular!). Homens normais possuem um membro que casualmente se enrijece devido a estímulos, nosso querido protagonista Khama sutra, não diferente, também possui; porém sua rigidez chega ao descomunal e seus estímulos não detectáveis. Com esse poder fenomenal ele ao invés de fazer o óbvio (aproveitar a vida) resolve usar esse dom para um bem maior. Inventa uma combinação de golpes que carinhosamente chamamos de “Chin nu Mori-kun Fedô Mori-kun Banana-san”. Esse golpe consiste em cruzar as pernas em volta da cabeça do adversário, paralisá-lo e o que acontece especificamente depois não se sabe, já que ninguém sobreviveu para contar.
Mas temos algumas hipóteses:
O membro do rapaz se Digintransforma e soca o oponente até a morte;
As coisas do rapaz tapam o nariz do adversário sufocando-o até a morte;
O banana-san de Khama arranca o coração do inimigo pela boca;
No fim do filme nosso herói Khamarão, e mestre no Khama sutra, têm seu último embate com o/a “Homem gata”. O ser humano em questão é zoado(a) durante todo o filme, até mesmo por seus familiares, sobre o seu sexo. Enfim, a curiosidade aumenta e os malditos não explicam que raio de ser andrógino é esse!!! Só deve existir na Tailândia!! E essa pessoa, que parece ser dona(o) de uma importante empresa não sabemos de quê, é responsável pelo assassinato de um dos elefantes de Kham.
Somos brindadas com uma cena surpreendente e com certeza (sem ironia) uma inovação (acreditem! Não estamos sendo irônicas!). Kham ao ver que seu irmão elefante virou um bonito enfeite de estante se rende ao desespero e cai de joelhos derrubado pela tristeza (que poético) e então acontece algo inesperado:
Adivinhe quem puder!
a) Nosso querido Kham solta um pum e em seguida cai na gargalhada, constrangido com a gafe;
b) Kham consegue finalmente convencer os espectadores de sua interpretação, porém seu momento de luz é interrompido por um panaca insensível que chuta a cara dele e estraga todo o clima da cena;
c)Uma meleca dá o ar da graça e se desprende do narizinho tão surrado de Kham, que tentando disfarçar limpa a melecosa na blusa;
d) Um celular toca, fazendo com que o ator perca totalmente a concentração;
Pois é, acertou quem chutou (ou melhor, “joelhou”) a segunda opção, essa foi mais uma bola dentro no filme. Depois da tristeza e da joelhada na cara, Kham é tomado pela raiva após levar uma facada na barriga. O que faz com que ele pegue emprestado os ossos do seu irmão elefante falecido para se defender, o que resulta em mais ossos quebrados e um cenário parecido com o de Kill Bill Vol.1 depois de Beatrix Kiddo ter esquartejado todos aqueles japas ensandecidos (um genocídio praticamente, maravilhoso também heheh). O resultado de tudo isso é que Kham consegue matar a “Homem gato” (releitura da mulher gato, só que com algo mais...) e vingar a morte de seu irmão paquiderme.
Depois de assistir a este incrível filme, gostaríamos de fazer alguns adendos:
Não é preciso ter história para um filme ser interessante, nós dissemos interessante, e não bom.
Não existe mulher na Tailândia, só elefantes ou seres indefinidos... sem comentários.
Por que todo homem mau de filme é roqueiro ou punk? Já que vimos que quase todos os vilões, figurantes como os bonecos de massa dos Power Ragers (que só servem para o personagem principal demonstrar seus dotes marciais), usando roupinhas pretas com caveirinhas e até com direito a lencinho amarradinho na cabeça e cara de mau.
Kham, definitivamente é o homem ideal: O cara é quase todo bom (cortem a cabeça!), luta espetacularmente, não fala português (e também quase não fala em idioma algum), possui dotes espetaculares e uma disposição descomunal. Que Austrália que nada, vem aqui pro Brasil!