
Espero que esse blog não afete nossa inteligência (que já é por demais prejudicada), mas cá estamos com mais uma sessão “Que filme ruim!”. Hoje vamos falar sobre o filme Almas Reencarnadas ("Rinne" no original) que é uma produção nipônica dos mesmos criadores de Toshio e seu felino preto ("O grito").
Vamos à parte chata (qual parte, se o filme é chato por completo?!), a história é basicamente sobre um diretor (Matsumura) que decide transformar em filme um massacre ocorrido há 35 anos (já vi isso em algum lugar...). O responsável pelo crime foi um pai (certamente cansado dos filhos malcriados e da esposa que sempre estava com dor de cabeça) que levou sua família para uma viagem (para o além, nos planos do maléfico progenitor). Isto não só culminou na morte da família, mas também na de todos que ele encontrou pela frente. E depois tomado pela culpa ou pela solidão resolveu se matar também e ir pra cidade dos pés juntos reencontrar o pessoal e organizar um futibinha com sushi na brasa.
Matsumura, o diretor cheio do ar intelectual, escolhe entre várias atrizes a mais sem sal para fazer o papel principal: Nagisa Sugiura. Então, Nagisa começa a ter visões assustadoras sobre a carnificina (na nossa bucólica opinião ela estava sobre efeito de drogas fortes), a qual ela iria representar no filme que se passa dentro do filme (Ih troço difícil de entender!!).
O filmeco começa aparecendo várias pessoas aleatórias que apenas fazem com que o espectador fique totalmente confuso. Alguns parecem que sofrem algum tipo de possessão e outros dão a impressão que apenas perecem. E um indivíduo que representa a ala dos “teoricamente falecidos” protagoniza uma cena super “inovadora” nos filmes de terror.
Amigo e caro leitor, pedimos por gentileza que fechem os olhos e imaginem esta cena incomum:
Um tio no seu caminhãozinho dirigindo em uma estrada deserta e a noite (já lembrou de quantos filmes heim? Claro que de nenhum, pois isto é uma revolução revolucionadora! Só podemos ovacionar esta mula... quer dizer... gênio!!!!), até que repentinamente no meio da estrada aparece um transeunte que faz com que nosso tio herói seja obrigado a frear abruptamente. Depois o indivíduo vai verificar e não encontra ninguém (normalíssimo!! O atropelamento causa uma reação química que resulta no desaparecimento da carcaça), e atordoado com o fato, se apavora e quase dá na pinta (ui, quase) e então resolve olhar para as arvorezinhas para ver se dá uma relaxada, porém (para o seu desespero e para nossa felicidade) ele avista um pé de cabeças.
Com certeza você deve ter indagado: Que??????
E nós respondemos: é isso mesmo!!! Um pé de cabeças! Muito comum no Japão, onde o clima é propício para o seu crescimento. Aparecem principalmente em beira de estradas desertas e mal assombradas. No outono é uma festa!!! Aquelas cabeças rolando pelo chão... oh coisa linda! Agora falando “sério”, para explicar melhor: o que podemos contemplar é um bando de cabecinhas com a maquiagem propícia de filmes de terror (muito pankaque branco) que brotam (sem razão, sentido ou circunstância) de uma árvore imensa.
Voltando as vacas magras, depois desse show de horror (literalmente) entramos na preparação do filme que está sendo rodado no meio do filme (que coisa confusa!). Os atores principais (os que vão virar presunto, segundo a história do massacre) são escalados e Nagisa, a japa narcotizada, é escalada pro papel principal: a menininha filha do assassino e que morre por último. Vamos ser racionais!! Uma mulher daquele tamanho vai fazer o papel de uma garotinha de 5/6 anos??? Só se usassem as técnicas de Ananias do Renato Aragão!!! Mas como se fala por ai...a tal da licença poética permite tudo.
Então Nagisa, feliz por ter conseguido seu primeiro emprego, bebe uns saques pra comemorar, mas alegria de pobre dura pouco e logo a felicidade desaparece e a loucura toma lugar. Isto porque a campainha toca e ela ao verificar no olho mágico quem era, vê cabeças flutuantes.
Este fato não pode passar batido, então esta coluna é interrompida mais uma vez por uma SENSACIONAL! Por uma BRILHANTE EN-QUE-TE !!!!!
Na sua humilde opinião, como aquelas cabecinhas “descorpadas” conseguiram apertar a campainha?
a)-com o nariz?
b)-com a beiça?
c)-com a língua???
d)- ou com a testa?
Na sua humilde opinião, como aquelas cabecinhas “descorpadas” conseguiram apertar a campainha?
a)-com o nariz?
b)-com a beiça?
c)-com a língua???
d)- ou com a testa?
Pra descobrir a resposta, na próxima vez que forem visitar a titia apertem a campainha com algumas das opções citadas e testem pra ver a maneira mais confortável e fácil!!! Mas nada de se animarem e tentarem com outras partes do corpo. Bando de mentes “criativas”!!!(pra não falar outra coisa).
Voltando, as cabecinhas voadoras e visitantes metem o bizolho no orifício encantado e pior!!! Embaçam o vidrinho com uma baforada!!! E um bafo vindo de um defunto não se pode esperar um cheirinho de hortelã.
Voltando, as cabecinhas voadoras e visitantes metem o bizolho no orifício encantado e pior!!! Embaçam o vidrinho com uma baforada!!! E um bafo vindo de um defunto não se pode esperar um cheirinho de hortelã.
Depois disso, Nagisa vai feliz e contente ao ensaio do que pode ser seu lançamento no mundo das celebridades. Lá ela mostra toda sua veia artística sob a orientação do diretor, que diz a seguinte frase inspiradora a atriz : “Lembre-se! Se ele vê-la você está morta!”. Depois desta elocução profética, eis que aparece ao fundo o fantasma do assassino sorrindo para Nagisa. E então que nossa querida atriz/personagem grita feito louca fazendo com que todos acreditem que ela é uma ótima atriz (faça-nos o favor...assim até o cigano Igor!). Mas depois de receber os aplausos pela boa interpretação, a japa lembrando dos tempos de ginasta, faz uma ponte mal sucedida e mete a cabeçona no chão abrindo um buraco no piso. Mas temos certeza que os cenógrafos tiraram isso de letra! E Nagisa saiu ilesa deste pequeno incidente, pobre do piso...
Em seguida, Matsumura o condutor do filme que se passa dentro do filme, propõe um passeio com seus pupilos no Hotel onde a tragédia aconteceu. Chegando lá ordena que os atores fiquem no local onde seus respectivos personagens extinguiram-se para sentir o clima (muito agradável supomos) do lugar. Enquanto todos iam para suas posições um senhorzinho tirava as fotos, talvez para marcar o lugar na hora da filmagem, e Nagisa a cada flash via realmente as pessoas que ali haviam morrido. Nossa sensível atriz/personagem/fresca desmaia e depois resolve se afastar do grupo deixando todos preocupados, dar ataques pelo corredor e se esconder no armário. Seria uma mensagem subliminar? Ou até um autoplágio? Já que a cena lembra muito uma do filme “O Grito” (aquela da tiazinha se escondendo no armário e dando de cara com a nossa linda e amigável Kaiako). Até que Matsumura a encontra e conta que a menininha morreu exatamente ali.
Não podemos esquecer de mencionar que a menininha assassinada (batizada por nós de Toshica, devido a sua semelhança com o não menos fofinho e cinza Toshio) possuía uma boneca muito da sinistra e tosca (descrição: olhos separados de anfíbio, mãos imensas e cara de E.T.) que deveria ter o nome de “Puxa! Tu é feia heim!”. Amiguinho, guarde essa informação que ela será crucial (ou não) no desenrolar da história.
Então, Nagisa começa a achar que é a reencarnação da garotinha e no meio da gravação mais importante, seus devaneios ficam mais enlouquecidos, e ela se vê na cena do crime, vendo todos morrerem. E a anta é tão profissional que mesmo depois que se vê em perigo continua a se fingir de zonza porque o diretor mandou. Que exemplo de profissionalismo!
Eis que um desfecho surpreendente nos surpreende! Nagisa descobre que na verdade ela era a reencarnação do homicida, assassino e matador. E com isso, sai correndo tentando salvar sabe-se lá o que! Então novamente o filme nos vem espantar! Com uma cena que juramos inspirada em Thriller de nosso querido Michael Jackson. Os mortos voltam e começam a perseguir Nagisa Homicida em Vidas Passadas com suas cambitinhas tortas e endurecidas. Então nossa atriz/personagem/fresca/matadora de vidas passadas sai correndo (ainda atuando) zonza pela cidade. Quando ela pensa que esta finalmente segura depois de se enfiar num beco, ela recebe uma visita inesperada da boneca “Chuta que é macumba!” que vem salvá-la do destino do suicídio com a desculpa de que é para ficarem juntas (francamente! Era melhor se retalhar toda do que viver com aquele projeto de Chuck asiático!). Vale aqui ressaltar a técnica utilizada para o movimento da boneca, que os animadores de stop-motion ficariam de cabelos em pé!!! Isso mesmo queridos, a boneca vem andando pausadamente, como todo assassino de filme de terror: vagarosamente, porém torta, devido á péssima técnica de animação... Enquanto isso, sua vítima se contorce enlouquecidamente esperando sua chegada (nos perguntamos por que ela não saiu logo correndo).
Mas é então que o filme mais uma vez nos surpreende com uma surpresa surpreendente e percebemos que tudo não passou de uma alucinação de nossa atriz/personagem/ fresca /matadora de vidas passadas/ louquinha. Na verdade, a débil tem um ataque de pelanca no meio do set de filmagem e termina internada num hospício junto com as almas penadas de seus rebentos da outra vida. Mas isso não deixaria ninguém doido já que se trata de crianças fofinhas escolhidas a dedo para participar do filme (agora falamos do filme real), mas o pior foi que a boneca “Feidemais” (apelido carinhoso) também resolveu se mudar pra solitária de nossa atriz/personagem/fresca/matadora de vidas passadas /loca de pedra/ “I see dead people”.
Com esse final “feliz” nos despedimos, mas não sem antes deixar nossas já tradicionais perguntinhas:
Essa primeira não é pergunta, é afirmação: Como esses japas se parecem!Demoramos séculos para identificar quem era quem!
Que pais desalmados permitem que seus filhos participem dessa obra catastrófica???
Que estirpe de pai daria uma boneca horrenda daquela de presente para filhinha? (Essa, até nós respondemos: O tipo de pai que mata os rebentos...)
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